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  • Foto do escritorGabriel Noboru Ishida

Estilo Decor - Carioca!

Atualizado: 17 de jan. de 2023

O Brasil é lindo, o Rio de Janeiro continua sendo... ♫♩ ♪ ♫

Quando o assunto é design de interiores carioca, o bishcoitow atropela a bolacha. As cores, a vibe, a alegria, a liberdade e a jovialidade de tudo... é demais!

E não é de graça que o mundo baba, torce o pescoço e tropeça olhando o Rio que caminha suave tranquilo e quase preguiçoso, pelo calçadão... hora do chopp nas 24 horas do dia. Não que em Sampa ou outras cidades não exista lazer mas... convenhamos... a vibe é outra!

Então, renda-se à beleza escaldante e incinerante vibrante e escandalosa do Rio - que não é para pessoas chatas, sem personalidade, tímidas ou inseguras. E não é que é um reflexo deles? Partir pra cima, que kaô é vírgula.


Assim como em São Paulo, por ser uma megalópole, a cidade do Rio de Janeiro não pode ser isolada com objetos, estilos ou limitações. Nenhuma, na verdade: limitação é xingamento por todas estas bandas. Então o que é que define o estilo carioca de interiores? Vou tentar aqui então, listar vetores de design, que podem configurar o que se pode chamar de carioca...


Listinha de itens? Talvez!


Para começar, tanto Sampa quanto Rio tem fortíssima influência, em seus alicerces, do modernismo, com toques dos anos 70, muito mais que dos anos 80 e 90 ou anteriores. Além disso, ambos tem influência do Muji e Hygge, que são naturalismos de origem nórdica e japonesa, separados apenas pela geografia, mas expressos no Brasil com artistas de mobiliário como Sergio Rodrigues.

Um pouco ou muita influência da cultura portuguesa e espanhola, com mosaicos, ambos trouxeram (histórico árabe na península ibérica) e a pedra portuguesa, calçadão, ladrilhos em fontes, e nas paredes... de um passado colonial exuberante, tropical, para o residencial que pontua laços com um passado apaixonante.


O calçadão, obra prima de Burle Marx, incorporou as curvas vindas de Portugal, da praça do Rossio, em Lisboa, de 1848. Dali, para as sacadas, tapetes, almofadas, camisetas, tatuagens...


E os ladrilhos pintados? Albarradas, alminhas, painéis, azulejos de padrão... de origens italianas medievais, mouriscas, ibéricas... modernistas.


Um outro item que é sutil mas fundamental é a herança colonial das casas de engenho e outros elementos do histórico rural: peças em madeira rústica, tapetes de gado, vasos de cerâmica, decorações rusticas coexistindo com as coisas sofisticadas (isso também é bem japonês, nórdico, apesar de não estar relacionado). Tudo isso compõe uma alma brasileira anacrônica e super expansiva, super up, maravilhosa. Os portugueses aprenderam a combinar a louça com a tigela de barro. A felicidade se instalou.


Importante anotar aqui de leve, que o clima induz a utilização de tecidos e materiais que não induzem a transpiração. Se for couro, que seja menos envernizado. Se for tecido, que seja mais linho e algodão, crepe e seda, que cetim ... se for madeira, ah a madeira... que seja!!!



Fora isso, o sentimento de abertura e não ostentação financeira densa tipo "wallstreet", é mais típico do carioca: o clima é mais leve, a vibe é mais positiva e despojada. Influência do litoral, da paisagem, e dos turistas, certamente.


Complementando esse mexidão, adicionamos duas colheres de sopa bem cheias de diversão e alegria, descontração, humor e iconografias. A receita está pronta: mexa até dar o ponto de mel, e reserve...


Também cabe facilmente junto ao estilo carioca, assim como ao paulistano, aquela camada que cobre metade da cidade, de urban jungle: outro estilo que entra em simbiose com todos os outros, de boa. A tropicalidade desta cidade fervilhante pede plantas: elas ficam em casa, elas são a casa - dão frescor e tranquilidade, expulsam o sentimento deprê e nordico frio triste e aborrecido. Não cabe chatice: seja legal.



Portanto, um retrato da arquitetura civil e de interiores carioca, é um retrato deles mesmos: histórico brasileiro, descontração, alegria, beleza, leveza, naturalidade... e muitíssimo bom gosto.


E para complementar, apenas uma pitadinha de história: o Rio recebeu a família real brasileira, e eles deixaram lá um histórico, que hoje pode ser observado por uma inércia de funcionarismo público e alguma referência à realeza portuguesa via heranças de mobiliários clássicos portugueses. Implícito fica o fato de que a família real portuguesa fugiu das tropas Napoleônicas, ou melhor dizendo, foi extremamente inteligente e se transferiu para cá, alterando assim a formalidade das coisas.

Evidentemente, esse roteiro histórico reduziu a influência francesa no estilo de vida e decorativo do fluminense.


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